Gustav Mahler |
Filarmônica de Berlim, com Rattle e grande orquestra e coro |
O coro entra
no 5º movimento com um emocionante poema, “Luz Essencial”, uma entrega do
autor ao pó de onde veio, conforme o Eclesiastes 12:7. ”E o pó volte para a
terra como o que era, e o espírito volte a Deus que o deu”. Diz o poema: ”Levantar,
sim, levantar! / Você irá, meu pó / após um breve descanso! / Viverá
eternamente! Viverá eternamente! / Aquele que o chamou lhe dará a vida eterna /
você será semeado para novamente desabrochar / o Senhor da colheita virá e nos
colherá – os frutos não morreram” (Die
Auferstehung, de Friedrich Klopstock. Trad. Deise Voigt).
Ressurreição (Carl Heinrich Bloch |
Gilbert Kaplan |
Resumindo, um regente que não sabia música, apenas vivia com sua vida e fortuna em função daquela obra. E mais: mesmo sem realmente ler partitura, apenas seguindo a silhueta das notas e seus papeizinhos, fez muito melhor do que muitos conhecidos “maestros” mundo afora! Movia-o a paixão desmesurada por aquela “Ressurreição”. Kaplan faleceu em 2016, talvez aguardando encontrar o autor de sua obsessão musical, Mahler, e almejando ressuscitar para juntar-se ao Senhor na vida eterna.
Ascensão (Benjamin West) |
Você pode
ver e ouvir o movimento final desta obra-prima da humanidade logo abaixo, com o
eletrizante Leonard Bernstein e a London Symphony Orchestra. Grandioso! Inebrie-se! Há
vida indolor após a morte!
Feliz Páscoa!
Feliz Páscoa!
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