Temos, então, uma equação bem simples: em primeiro lugar, de que tipo de instrumento se trata, e se for de marca (Fender, Gibson), de que época. O segundo ponto é o quesito qualidade. Comparando, há Strads fora da época áurea do autor e de não tão grande qualidade que chegam a ‘apenas’ USD 500 mil ou menos – esses são mais fracos e não têm pedigree. Em segundo lugar, há que se ver quem fabricou o instrumento, seja a Fender pré-CBS (como falam os músicos nos EUA), entre as guitarras, ou um Del Gesù, no caso dos violinos. A originalidade e autenticidade têm de ser absolutamente comprovadas e certificadas, e não existe ninguém no Brasil com status para uma palavra definitiva. Hoje, são raríssimos os certificadores aceitos no mundo. Ah, eu sempre repito: uma etiqueta de autor como Strad vale tanto quanto seu peso em papel: nada.
O "Strad" Viotti |
Por fim, mas não por último, o ‘pedigree’ do instrumento. Eu pude apreciar o Strad “Viotti”, que pertenceu ao famoso violinista do século 18 do mesmo nome; esse Strad já ‘morou’ no Brasil, com o falecido colecionador Gerald Modern. Pude apreciar cada detalhe como quem vê um Da Vinci ou um Michelangelo: cada curva, o cheiro, cada veio da madeira, a forma. Foram longos 15 minutos enquanto Gerald, já idoso, me servia um café.
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