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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CHEGOU A HORA DO CURURU!

O CURURU NÃO MORREU, MORREU NÃO!
17, 18 e 19 de novembro, às 16h
Teatro Procópio Ferreira

Ele corre nas ruas, botecos e igrejas, nos caminhos do cidadão, nas trovas e nas carreiras nos versos em devoção, na voz e viola do jovem, do adulto ou do ancião. Verve sorto como assum preto, que é passarinho que avoa no céu como fosse avião, cantando até com voz rouca, sem carecer rouquidão. Noel, Chiquito, obrigado! E salve, Paulinho seresteiro, Nogueira raiz deste chão, e tantos que já se foram, e honraram esse cantochão (e aos os que aqui continuam e que depois de nós ficarão).

Tatuí, lar do Torneio, um dos berços da tradição, recebe hospitaleira esta terceira edição, depois de dois dias de ‘Esquenta’ (‘amistoso de seleção’), palco de louvar ou lutar, como leva o coração, guarzinho o rumo da água, que segue sem direção, nos versos escorrem palavras, seja rival ou irmão, no rio do cururu, no leito da prosação. A  ponta da língua é faca, é trova, poesia ou facão, pois canto é coisa de macho, como na rinha o esporão, e a rima do boiadeiro, ou mesmo roceiro ou peão, é ouro de prosador, verso de pura invenção.

Recebam de braços abertos esta terceira edição (do cururu deste Estado, que é festa de invenção!). Venham Cesário e Agudos (de dupla de campeão), Botucatu e Tatuí, que honra com este chão, Pardinho, linda e pequena, São Manuel da oração, sem contar Votorantim, indústria da construção, e Porto Feliz que é bem-vinda, na primeira participação.

E digam aos quatro cantos, pros ventos de todo rincão, que o cururu está vivo, tá forte como garanhão, e se espalha como o fogo (em cana seca no chão). E se perguntarem se viu, diga com muita emoção: o cururu está vivo, ele não morreu, morreu não!


Video de 2010 em Tatuí, com a saudações e saúde ao mestre João Mazzero

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