DOENÇA DE LULA É FATOR DE ATENÇÃO
Lula é um nome na história, é símbolo da redemocratização
O tumor na laringe de Lula, exposto sem ‘véus’ e mentiras, deve ser considerado de várias maneiras: como ser humano, merece que acompanhemos com o coração a luta que terá pela frente a partir de hoje. Como líder brasileiro, um dos maiores deles, Lula perfila com Ruy Barbosa, Getúlio, Juscelino e Luís Carlos Prestes, entre outros. Lula é símbolo vivo da redemocratização do país. Se hoje ele é uma espécie de ‘eminência parda’ de Dilma, Juscelino também tinha a sua, Augusto Frederico Schmidt, assim como Getúlio tinha o General Góes Monteiro e alguns militares os seus Golberys; o próprio Lula teve Dirceu e Frei Betto. Como ele não deve se afastar da política, dada a sua personalidade e seu histórico de lutador, haverá ao menos certa diminuição de intensidade na sua vida pública e o previsível arrefecimento físico durante o tratamento com fármacos e depois radioterapia, Dilma vai ser jogada de vez ao centro das decisões.
Resta saber como Dilma agora vai tratar as forças políticas que a pressionam, a avidez e a ambição por cargos de seus apoiadores e, claro, as possíveis futuras crises - com menor auxílio de Lula, ao menos por algum tempo, terá de assumir de vez seu papel de líder.
Um tumor ‘não muito grande’, segundo um relato oficial de um médico à imprensa acerca de um ex-Presidente da República, é uma forma sutil de dizer que se trata de um tumor ‘grande’. Não muito grande é maior do que simplesmente ‘grande’. “Não é muito agressivo” quer dizer que é agressivo. Para quem conhece casos como o dele, é situação delicada, pois se avizinha de importantes vasos e órgãos vitais. Vale torcer por ele pela importância da participação dele na vida nacional em muitos momentos, independentemente de partidos ou ideologias.
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