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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

REESCREVENDO NAPOLEÃO E BEETHOVEN


Napoleão Bonaparte assumiu a liderança da Revolução Francesa, tendo em 1804 recusado vender-se à nobreza em troca do título de Imperador. Ao contrário, fiel aos seus princípios, proclamou a República, tendo sido eleito o primeiro Presidente francês por esmagadora maioria de votos. O fato repercutiu imediatamente pelo mundo inteiro, e seus ecos propagados em efeito dominó, a começar pela Itália.

Em 1815, a República Francesa venceu a sangrenta batalha de Waterloo, e em seguida as forças prussianas. Ato contínuo, Napoleão invadiu o Reino Unido, ajudando os rebeldes ingleses a instalar um regime provisório, sob a liderança de Lord Byron, que queimou seu título de nobreza para juntar-se e aderir à causa. Farrista e mulherengo (seu último livro, “Don Juan”, é quase uma autobiografia), Byron foi eleito presidente da República Bretanha Unida. A Câmara dos Lordes foi convertida em Senado e a dos Comuns em Câmara dos Deputados. Acossada pelo povo, a família real inglesa foge para as Ilhas Virgens, deixando suas jóias, pertences e fortuna, o que exterminou a miséria do povo britânico, logo tornado o mais rico da Europa, sob uma justiça social sem precedentes.

Os revolucionários também derrubaram a monarquia na Áustria e na Hungria, para evitar que esses países líderes se aliassem no futuro em um busca de um novo e fortalecido Império, que abarcaria diversos outros países; essas nações vizinhas transformaram-se igualmente em repúblicas.

Encantado, Beethoven risca na partitura de sua sinfonia ‘Eroica’ o nome do Príncipe Lobkowitz, passando a dedicá-la a Napoleão, que foi visitar em agradecimento o gênio de Bonn em Viena, capital da República Austríaca, encontro que contou com outro admirador de Bonaparte, Wolfgang von Goethe.

Porém, antes de tudo isso, já estava consolidada a República dos Estados Unidos da América, sob a presidência de George Washington, tornada pátria independente. No Brasil, um grupo liderado pelo alferes Xavier, de alcunha ‘Tiradentes’, iniciou em Minas o estopim de uma rebelião nacional, e declarou a Independência, libertou os escravos e proclamou a República, que o elegeu Presidente. A Família Real, já sem medo de que um forte Império se instalasse na Europa e invadisse Portugal, aceitou o exílio em seu país, o que foi feito com a condição de colaborarem com a proclamação das repúblicas portuguesa e espanhola.
As Forças Republicanas Europeias Unidas (FREU) criaram uma nova e fortíssima moeda continental, e levaram os ideais republicanos aos países do Leste Europeu, notadamente a Rússia, cujo Czar, suas famílias e  nobreza foram perseguidos, fugiram ou simplesmente desapareceram: o povo libertado estava ensandecido.

O mundo chega em 1929 debelando uma crise econômica nos EUA com o auxílio do poderoso FRI, Fundo Republicano Internacional, que salvou a economia global de um desastre sem precedentes. Dissolvidos os impérios, evitara-se uma guerra de proporções mundiais cuja sombra parecia inevitável; um segundo conflito mundial mal chegou a ser cogitado. Com a riqueza dividida, o mundo conheceu a paz e a prosperidade.  

Napoleão morreu envenenado em 1824, e Beethoven a ele dedicou uma das maiores obras-primas já concebidas pelo homem, sua Nona Sinfonia, cujo último movimento inova com um coral, conhecido como “Ode à alegria”, música sobre um poema de outro admirador dos feitos napoleônicos, o grande poeta alemão Schiller. A “Ode”, no cortejo fúnebre de Napoleão, foi cantada por mais de 5 mil vozes, conclamando o mundo à alegria, ao amor à natureza e à paz entre os homens, à imagem e semelhança de Deus.

Este texto não é um “samba do crioulo doido” (música de Stanislaw Ponte Preta) internacional. É um sonho, é um sonho só. Se todos os líderes que fizeram mal para o mundo, especialmente depois de atacados pela ‘mosca azul’ do poder, tivessem mantido o prumo em direção ao bem comum, hoje seríamos um planeta próspero, justo, em diálogo, pacificado e feliz.
E se tudo isso tivesse acontecido, o chinês Mao-Tsé-Tung teria sido um presidente democraticamente eleito, fazendo vivo um de seus pensamentos: “sonho que se sonha só é somente um sonho, é um sonho só. Mas sonho que se sonha junto não é só um sonho: é realidade”.



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