Finale:
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Casa sede do Hotel Fazenda em Batatal |
Há uns 10 anos, seguindo o costume de reunir a família durante o carnaval, fomos para um hotel-fazenda muito aprazível, em Bananal (RJ). Fui o último a chegar, tarde da noite, com meus filhos mais novos, mas minha reserva havia sido liberada para outros hóspedes. “Mas não se preocupe, pois o senhor ficará no quarto da exposição”, disse-me o gerente. Não entendi nada, fui para o tal quarto e dormi como uma pedra. Acordei cedo e dei um passeio no casarão até chegar a uma sala em cujas paredes havia recordações, matérias de jornal e outras curiosidades.
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Capa de Veja noticiando a morte de JK |
Uma delas, de “O Globo”, fez-me arregalar os olhos imediatamente: em página inteira, sob o título “Ninho de amor de JK vira atração turística”, trazia um texto novelesco sob uma foto do quarto. Os mesmos móveis, tudo preservado até que JK, quando iria desviar-se de seu caminho para as Índias, digo, para São Paulo, e morreu na Via Dutra, vítima de um acidente a caminho de sua alcova preferida, onde iria ‘abater uma lebre’ na fazenda de um amigo - no caso, a esposa de certo deputado, um “affair” conhecido. (E eu fui hospedado no quarto daqueles encontros!).
Tendo lido parte do primeiro volume de “No Planalto”, e lembrando trechos do livro de meu pai, “Gaiola Aberta” (Ed. Rocco), lanço aqui um grão de areia a mais na história de um dos maiores ícones do país. Se cada um que sabe um pouco contasse um tico, poderíamos conhecer melhor a história do Brasil. Bravo, Singer!
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