ORLANDO SILVA, ‘CANTOR DAS MULTIDÕES’
Falecido em 1978, era considerado dono da mais bela voz
Orlando Silva canta "A última canção"
Foi o locutor de rádio Oduvaldo Cozzi quem colocou o apelido ‘cantor das multidões’ no carioca Orlando Garcia Silva, que fez enorme sucesso com “A jardineira”, “Carinhoso” e “Sertaneja”. Fazia as mulheres chorarem e os homens se embevecerem.
No entanto, os olhos dos últimos dias estão voltados para o Ministro dos Esportes, também Orlando Silva (PC do B), que ‘não canta’, como diria a piada de músicos, ‘mas rege’. Na sequência dos Ministérios da Agricultura, Turismo, Transportes, Defesa (este por decisão própria) e Casa Civil, Orlando é a ‘bola da vez’. Contratos com ONGs cujos serviços eram parcialmente prestados, compra de enorme terreno em Campinas que passa sobre um gasoduto da Petrobrás – que está seriamente cotado para desapropriação pela estatal -, denúncias de um Policial Militar... tudo isso povoa jornais, revistas e mesmo o ‘Fantástico’. Não depende de decisão de Congresso: Silva é cargo de confiança e a decisão de um Presidente é monocrática. A fritura castiga mais do que o abate, diria a lei judaica sobre o ‘kosher’.
O Orlando Silva ministro é como um canário que não canta... mas manda, como diz uma piada de músicos sobre maestros. Como diziam os panfletos jogados pelos aliados na Segunda Guerra (para quem for ao Rio, há alguns expostos no Monumento aos Mortos da II Grande Guerra, na orla do Aterro do Flamengo): “sag warum?” (“diga por quê?”). Por que tanto se lesa e se assalta os cofres públicos neste país?
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