Por fim, eu fui plantado logo que cheguei aqui, perto de outra Ipanema (“lugar onde o sol se esconde”) que antes foi sesmaria, e depois foi o lugar pra onde o Império levava à fornada o bruto minério, que o imigrante alemão na siderúrgica fundia. Foi nessa terra vermelha que vim afinal me plantar, lugar que no passado “Tatuhy” se escrevia, e onde por muito tempo se cunhou trabalho em barro, matéria de olaria: telha, telhado, tijolo, piso, vaso ou cumbuca; desde longe, acima de casa até lá embaixo descendo, onde o barro só estanca na beira onde se entrevendo se deita o riacho Manduca.
[Foto da direita: acervo Erasmo Peixoto]
[Nota: você que leu este texto, deve ter percebido – ou não? – coisa de 60 palavras em pura língua indígena. Assim, no dia a dia, nos esquecemos de que foram eles que forjaram as nossas puras raízes. Sem saber-lhes a origem remota, apenas a geografia, a comida, o canto, a dança e o jeito; por tudo o que eu disse e muito mais, aos índios devemos grande parte da Cultura e da identidade do nosso imenso Brasil].
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