ASSALTO AOS COFRES
‘Apenas 5 clientes vão à polícia após
assalto a cofres do Itaú’
Matéria (título acima) de Rogério Pagnan, da ‘Folha’ e Josmar Jozino, do ‘Agora’, mostra lado curioso do grande assalto. Dos 170 cofres da agência Paulista do Banco Itaú, 142 eram alugados para clientes especiais. Desses, apenas 5 clientes surgiram para comprovar a propriedade dos bens – entre eles um colecionador com 14 relógios Rolex, da faixa de R$ 30.000,00 para cima, todos registrados e declarados. Os restantes 137 permanecem no anonimato, sem querer reclamar.
Curioso é que as especulações giram em torno de segurança (medo de serem reconhecidos, etc.), quando, na verdade, ninguém que tenha – vamos supor – milhões em diamantes declarados à Receita deixaria de pedir na Justiça o reembolso.
Na verdade, o que transparece é que, sendo um meio de guarda de bens – dólares, Euros, documentos e jóias – sob sigilo, os clientes esquecidos não podem aparecer para reclamar. Portanto, em prática comum aos grandes bancos, usam dos cofres para guardar grandes somas – e sonegar.
Os 96,4% que preferem perder seus bens a aparecer demonstram que os problemas andam não só em Brasília, mas de forma endêmica por todo o país, entre boa parte dos mais ricos.
Os ladrões conseguiram permanecer no Banco durante 10 horas, durante a noite do dia 27 para 28 de agosto. Coisa daquela série de filmes italianos do passado – “Os 7 homens de ouro” – notabilizada por assaltos espetaculares.
Quinta-feira, 15 de setembro: um pedreiro foi preso, após comprar um Montana com moeda estrangeira. Com ele foram encontradas 12 jóias, 400 pedras preciosas e mais de 10.000 libras esterlinas. O mal (ou bem, para nós) de todos os ladrões é ir ‘com muita sede ao pote’, e não conseguir frear o impulso ‘gastão’. Vale tanto para os ladrões de galinha quanto para os de grande vulto.
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