Schumann (1810-1856) embebe em romantismo exacerbado, sensual, sua “Träumerei” (“a sonhar”), sétima parte da obra “Sonhos infantis” para piano, inebriado pela paixão que nutria -ele bem mais velho- pela jovem Clara desde a adolescência. Moça a quem, alguns anos depois, desposaria. Mais adiante, Liszt (1811-1886) descreve seu “Sonho de amor” ao piano, assim como Koussevitzky (1874-1951), ‘canta’ sua melancólica e sensual “Rêverie” (“Devaneio”) para contrabaixo. E o fazem com o mesmo espírito, externando de alguma forma a sublimação de desejos ocultos e do que Freud chamava ‘sentidos objetivos’. O estado de quem sonha também é descrito poeticamente como onírico - do grego ‘oneiros’ (sonho). Já no vocabulário médico, delírio onírico é expressão que se refere a alucinações visuais ou estado psicótico doentio involuntário ou induzido por alguma substância, como álcool ou drogas.
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