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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

JOHN CAGE E O SOM DO SILÊNCIO - Parte 3/4

Salve os 100 anos do nascimento do compositor norte-americano John Cage, polêmico, no mais das vezes um ‘performático’ poeta-artista-plástico-compositor, envolvido em experiências eletrônicas e tudo mais que se chamava vanguarda. Não por ironia, a obra que o entronizou na história, para o grande público, chama-se 4’33” (4 minutos e 33 segundos), que consiste em... exatos 4 minutos e 33 segundos do mais absoluto silêncio. O artista chega, curva-se diante da plateia, senta-se ao piano (já vi até com outros instrumentos), coloca as mãos sobre o teclado, e, acompanhando o relógio, cronometra o tempo requerido. Levanta-se, recebe os aplausos (quando os há) e sai de cena. Claro, é uma obra conceitual, e nos leva a pensar em tudo: o ‘som’ é o ruído da plateia? Ou será um protesto contra a falta de assunto no mundo contemporâneo, uma vez que já se tinha visto de tudo, desde o chamado “ruído branco” (mistura de todas as frequências) a essa preciosidade, o silêncio? E Beethoven não dizia –sendo ele mesmo um surdo-, que “o som é prata, mas o silêncio é ouro”? Eu próprio me reservo não exatos 4’33” por dia, mas algo assim, para momentos de contemplação e abstração, mas isso é assunto para outra hora. (Abaixo, um vídeo com David Tudor interpretando a obra, após uma voz em off dizer algumas palavras do compositor: “A matéria da música é som e silêncio. Não tenho nada para dizer, e o direi”).


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