Mas é descendo que desenrolo o fio da nossa história: no Rio de Janeiro em que se aporta pela baía de Guanabara, onde o índio Araribóia, de nome “cobra feroz”, cacique e valoroso arqueiro de taba e caiçara, defendeu-nos desde a praia contra a invasão do estrangeiro (com garrucha e espadim), em lutas de muito sangue como foi em Uçurumim. Prosseguindo pelas praias, chegamos a Copacabana (que é “oceano no olhar”), a que Dick Farney deu fama tocando sua obra-prima, a “Princesinha do mar”. Logo na ponta do Forte, à direita se vê Ipanema, lugar onde se encontram as formosas garotas de lá: as jovens, cariocas da gema, saudáveis, de pele morena (vem daí “Kari oká”).
Na outra ponta da praia, subindo o morro onde o pobre, caniço com samburá, de cima da rocha arrisca um peixe pra ele jantar, do meio do morro que abre a enorme saia de espuma na Barra, e indo até o Recreio como fosse renda branca se espalhando pelo mar. Dali mais para frente, e ralando um bocado de chão (no asfalto ou na areia pelando), avista-se a imensidão da Restinga da Marambaia, que também é dividida com Itaguaí e Mangaratiba (as três quase a mesma praia).
Obs: a ideia desta série foi fazer um percurso pelo Brasil, totalizando mais de 60 palavras indígenas em uma lauda e meia, mostrando a importância da nação que deu nome até a este país.
321 acessos, 27 jan 2012
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