‘PÉROLAS NEGRAS’ E A OPÇÃO SEXUAL
Mais de um século de músicas seriam postas de lado: “Vem cá, mulata” (1902), de Arquimedes de Oliveira e Bastos Tigre, “Urubu malandro” (autor desconhecido), “Esta nega qué me dá”, de Caninha e Lezute (1921), “Mulata Fuzarqueira”, de Noel Rosa, “O teu cabelo não nega”, dos Irmãos Valença e Lamartine Babo, “Por causa dessa cabocla”, de Ary Barroso (foto) e Luís Peixoto, “Nega do cabelo duro”, de David Nasser e Rubens Soares, e por aí vai. Sem falar em nosso ‘segundo hino’, a “Aquarela do Brasil”, com aquela ‘merencória’ introdução: “Brasil, meu Brasil brasileiro/ meu mulato inzoneiro...”. E o que seria de “Olha a cabeleira do Zezé” (“... será que ele é/será que ele é...”), do João R. Kelly e Roberto Faissal? E com o “Vira”, de J. Ricardo e Luli, gravado pelos Secos e Molhados (“Vira, vira, vira homem...”)? Em 1903 também já se cantava “O bonequinho”, de Bahiano, sobre um certo boiola da Lapa, e em 1931 “Mulato bamba”, de Noel, sobre o perigoso travesti carioca “Madame Satã” (veja e ouça abaixo).
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