MULHERES REGENTES, A VOZ DA VEZ E A MELANCOLIA PERFEITA DE CLARICE LISPECTOR.
Até o pódio dos maestros, de onde nem perto as mulheres chegavam – as orquestras eram exclusividade masculina, tediosos “Clubes do Bolinha” – foi invadido: vejam Chiquinha Gonzaga, a mais jovem Ligia Amadio, Marin Alsop e nossa amiga Naomi Munakata, do Coro Sinfônico da OSESP.
A era do vozeirão masculino na MPB parece viver momentos de estagnação. Parece que não se canta mais sem um par de saias, como indicam as recentes Maria Rita, Cássia Eller (foto), Badi Assad, Calcanhoto, Ana Carolina, Jane Duboc, Monica Salmaso, Zélia Duncan, Ná Ozetti e um longo e belo colar de nomes. Homens hoje são obviamente minoria na MPB; quando muito, um ou outro caso raro, ou um sertanejo, com voz entre contralto e falsete, jeito de femininas.
Amigas, nós não existiríamos nem viveríamos sem vocês - mães, esposas, namoradas, irmãs, amigas, colegas. Nós homens temos muitas falhas, mas mulher é como a democracia: tem lá seus defeitinhos, mas não foi criado nada melhor. Disse a grande escritora Clarice Lispector (ilustração): “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”. Temos que aprender a admirá-las sem compreendê-las.
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