UM PÉ NA BOLA, OUTRO NO DIREITO, E A CABEÇA NA MÚSICA.
Nascido no Rio, 1904, lá criado e vindo a falecer em 1963, Lamartine foi um gênio com criatividade especial. Teve uma infância precoce na música, compondo desde adolescente operetas e música religiosa, mesmo sem saber teoria musical. Seguiu a linha dos sambistas que abraçaram outros estudos –como Noel Rosa, médico de formação-, e levou o canudo de direito da conceituada UFRJ (a mesma do Luiz Fux, ministro novato do STF).
Lamartine caiu de vez no samba e tornou-se famoso com marchinhas: “Linda morena” e “O teu cabelo não nega, mulata...” – esta última, que a imbecilidade da patrulha do politicamente correto mutilaria (“afrodesecendente”?). Pois eram mulatas, mesmo, lindas como as do famoso Sargentelli, sobrinho do compositor. Pois 1904 foi uma bênção para nossa música popular: naquele ano também vieram se juntar a nós Araci Cortes, Luperce Miranda e Capiba, entre vários outros.
(Abaixo, vídeo com gravação de 1932 da famosa “Linda Morena”, que estourou no carnaval de 1933. Na voz do próprio Lamartine, Mário Reis e coro feminino. Repare como a gravação tem introdução e arranjos de caráter e hino militar -em marcha-, o que vem a mostrar que seu talento para hinos e para marchinhas populares fazia uma coisa contaminar-se pela outra).
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