Hitler na plateia da Berlin Opera Haus |
Hitler soprava aos quatro
ventos sua admiração pelo compositor – não apenas pela música, que adorava, mas
também pelas ideias antissemitas de seu ídolo. Pois o futuro Führer, aos doze
anos, assistiu pela primeira vez a uma ópera de Wagner, e nunca mais o
abandonou: mesmo durante os duros anos do regime nacional-socialista e da II
Guerra, apoiava e frequentava óperas, fosse em Viena ou Berlim, e se fazia
seguir por sua claque militar, com aqueles garbosos uniformes de gala do
exército nazista.
Zubin Mehta e a Filarmônica da Israel |
Wagner tornou-se intragável para a comunidade judaica no
mundo, mas os esforços para separar a música wagneriana de suas ideias
filosóficas foram enormes - à frente o maestro Zubin Mehta, que regeu Wagner em
Israel, após o violinista Yehudi Menuhin
(ambos, aliás, judeus) ter feito uma série de concertos de compositores
germânicos para a Cruz Vermelha em Israel. Mais um judeu trabalhou para essa
desmistificação, Daniel Barenboim, que até hoje mantém sua orquestra jovem
East-Western Divan Orchestra, formada por jovens israelitas e palestinos
árabes, trabalhando desde cedo a necessidade da convivência pacífica entre os
povos.
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