Quem
conhece Isabela sabe-a lutadora, perfeccionista, incapaz de aceitar os próprios
erros - não por vaidades fúteis, mas por sua inteligência, com a qual se
diverte e diverte todos os que chegam a sabê-la. Conhecemos a Isabela das
letras, pois tem o punho da artista; a Isabela da lógica, que raciocina com sua
dialética particular; a Isabela musicista, com suas habilidades natas. E hoje
vemos a ambição com que descortinou, dentro desse conjunto todo de seu já quase
maduro conhecimento, o mundo da ciência
exata. Mas cuidado, cabe desde já adverti-la, porque a ciência tudo pensa e
tudo pensa que explica de forma exata, mas, diria algum poeta imaginário, na
Terra ela muito pouco ata ou desata.
"O Pensador", de Rodin |
Faz
tempo que o homem vem perdendo as qualidades chamadas universais, tão caras aos
tempos clássicos das luzes; hoje, especializa-se cada vez mais, e dentro desses
cada vez mais restritos compartimentos conhece-se muito mais sobre cada vez
menos, o que vem a resolver problemas cada vez menores e de menos, sem usufruir
de todo o conhecimento adquirido e conquistado pela civilização em milênios.
Pois então, o que desejar para nossos filhos, como realmente sabê-los e
querê-los? Nós os queremos rompendo esta grande barreira, que agora começa no
portão do colégio - palavra que no passado significava reunião de indivíduos
notáveis e dignos -, rumo ao sonho da universidade, palavra outra que por sua
vez vem de universo, universalidade, lugar plural de conhecimento e pesquisa.
Drummond |
De
lá, esses filhos que agora sabemos e conhecemos partirão para a vida, e
torceremos para que consigam ao máximo aproveitá-la, pois, como disse outro
grande poeta, o chamado poeta maior, Drummond de Andrade: “da vida nada se
leva, a não ser o que se leva dela”.
Abre-se
agora para Isabela o horizonte dos sonhos, os sonhos das conquistas, as
conquistas que deverá realizar durante esta luta longa e inglória em que é
imperioso prosseguir e vencer, para que assim vencendo ela seja feliz, e o
sendo, que todos também possam sabê-la. Filhos - perdão, mestre Vinicius -, eu
acho melhor tê-los. Pois é somente quando os temos que fazemos por merecê-los.
Quanto à Isabela, peço vênia para terminar essa costura e concluir: folgo muito
em sabê-la.
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