É impossível falar de fantasia sem falar de um filme produzido nos estúdios de Walt Disney em 1940 – aliás, uma das primeiras fitas estereofônicas da história. Com o maestro Leopold Stokovsky à frente da imponente Orquestra de Filadélfia, 8 trechos de obras da música de concerto universal travam um diálogo mágico entre sons e imagens: Bach (“Toccata e fuga em ré menor”), Tchaikovsky (“Quebra-nozes”), Dukas (“O aprendiz de feiticeiro” - com Mickey Mouse no ‘papel’ de aprendiz: ver o vídeo ao final da postagem), Stravinsky (“Sagração da Primavera”), Beethoven (Sinfonia “Pastoral”), Ponchielli (“A dança das horas” - tendo animais como personagens), Mussorgsky (“Noite em Monte Calvo”, em um halloween) e Schubert (“Ave Maria”).
Todos os 24 quadros por segundo da “Fantasia” de Disney foram feitos à mão um a um, em estúdio; cada movimento do desenho acompanha com assombrosa perfeição cada tempo, cada compasso, cada frase das músicas executadas pela orquestra. O resultado artesanal de Disney – há mais de 70 anos! - serve para colocar certo pé no freio sobre a badalada genialidade tecnológica de Spielberg e seus seguidores. Disney fez tudo isso manualmente, várias décadas antes! O filme não é difícil de ser encontrado nas locadoras – quem já viu, sempre verá de novo; quem não viu, saiba que está perdendo uma obra-prima. (Abaixo, trecho de “O Aprendiz de Feiticeiro”, com Mickey Mouse no papel de aprendiz)
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