LIVROS

LIVROS
CLIQUE SOBRE UMA DAS IMAGENS ACIMA PARA ADQUIRIR O DICIONÁRIO DIRETAMENTE DA EDITORA. AVALIAÇÃO GOOGLE BOOKS: *****

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DO TÍTULO


Em país cujo povo lê apenas título de matéria,
a imposição ou a afirmação tendenciosa
deforma a ‘consciência’

É sabido que o brasileiro não tem costume de ler. Isso é estatística. Em jornais, especialmente nas cidades maiores, o que importa são os títulos que ficam expostos sem que o cidadão tenha de pagar para ler a notícia.
As Organizações Globo sempre carregaram certo estigma de estarem ao lado do poder de plantão. Foi assim durante boa parte da ditadura, depois na eleição de Collor, com FHC, durante parte da gestão Lula e, agora, já insinuante, na de Dilma. E tome ‘rei morto, rei posto’. Não foi apenas uma vez que vultosas quantias como empréstimos do BNDES ajudaram a salvar o poderoso jornal da bancarrota.
Mais sincero seria dizer ‘Dilma descobre esquema de corrupção nos Transportes que vinha desde a era Lula’ – pois conviveu com a coisa por seis meses, sem falar na posição de Ministra da Casa Civil, a mais importante do Governo na gestão Lula.
Um título de manchete de primeira página que ilude. O Globo foi o maior jornal do país, e não comete deslizes por acaso. Sua equipe é formada por gente preparada e consciente do que faz. A capa é discutida, e não ‘chutada’ por um ‘foca’ (jornalista novato).
Dia 9 de julho, na página 3, a matéria escancara parecer do Procurador Geral da União: ‘A mais grave agressão aos valores democráticos’. Vale agora a ladainha dos acusados: ‘confesso que houve caixa dois, mas desvio e corrupção nunca’. Ora, ora, amigos, e Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, Coelhinho da Páscoa, Saci-Pererê, Boitatá...
É verdade: o mensalão ‘não existiu’... Mas a PGR pede penas que, somadas, podem chegar a quase dois mil anos de prisão (!?!) para José Dirceu, Marcos Valério e José Genoíno, além daquelas dos outros 33 acusados. Resta o julgamento e, claro, a defesa. Mas o tom do jornal, por si, já condena (‘O Globo’, 9 de julho, pág. A3). As penas foram somadas ‘de ouvido’ pelo jornal, pois quem determina mesmo é a Justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário