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terça-feira, 30 de agosto de 2011

CURURU ‘INVADE A PRAIA’ DO CONSERVATÓRIO

Música de raiz tem espaço em palco de gala

Zé Pinto no II Torneio Estadual de Cururu (2010)
No dia 21 de agosto, foram celebrados com cantoria os 30 anos em que o Cururu foi recebido pelo Teatro Procópio Ferreira. Pois foi exatamente no dia 30 de agosto de 1981 que o Prof. Coelho, então diretor da instituição, trouxe violeiros e cantadores ao palco. (Veja este vídeo de 2010, abaixo). O ‘Esquenta Cururu’ do dia 21 trouxe de volta, três décadas depois, cururueiros, aficcionados e ‘novos cururueiros’ ao Teatro, com a presença do Prefeito Gonzaga.

Para quem não sabe, o Cururu é uma das mais fortes tradições do Médio Tietê, no Estado de São Paulo, e é encontrado em Tatuí, Tietê, Pardinho, Piracicaba, Cesário Lange e outras cidades da região. Diferentemente do desafio nordestino, meio falado e improvisado sobre apenas um acorde, a disputa musical do Cururu suporta melodias e harmonia mais complexas, além de requerer do cantador grande habilidade no uso das rimas, denominadas ‘carreiras’. As principais carreiras são a do ‘A’ (casá, namorá, cajá), a de São João (satisfação, oração), indo até as mais intricadas, como a de Santa Inês (vocês, fez, vez). Em outubro tem novo “Esquenta Cururu” no Teatro, e em novembro as duas semifinais e final. Venha! Você vai ajudar a manter viva a tradição, para que o temor de Abel Bueno não se concretize:

O Cururu está em extinção, por falta de incentivo do Poder Público e até da nova geração, não por culpa deles, mas de falta de divulgação. Como eles vão valorizar o que não conhecem? Acontece que aqueles que sabiam da tradição do Cururu morreram todos e não deixaram herdeiros

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