Em julho passado (2011), um fanático assassinou 77 pessoas na Noruega, em nome de uma suposta “limpeza” racial (qualquer semelhança com personagem do século passado não é mera coincidência). Em seu ‘manifesto’ mais de 1.000 páginas, Breivik delira e diz que o atraso do Brasil “se deve à sua miscigenação”. Não vou discutir coisas estúpidas, porque é hora de comemorar Tatuí. Mas antes de prosseguir lembro Nova Iorque, cidade que John Kennedy alcunhou “Nação de imigrantes”, e que é até hoje a ‘capital do mundo’, apesar dos recentes solavancos econômicos. Em Nova Iorque, cruzam-se livremente pelas ruas pessoas identificadas com sua origem: judeus ortodoxos com chapéu e tranças, árabes em trajes de seus países rezando ajoelhados em direção a Meca, negros com cabelos ‘dreadlocks’, latinos com ponchos tocando flautas de pã, enfim, uma riqueza sem limites.
Em Tatuí, palavra que veio do tupi-guarani, há traços indígenas em muita gente, cabelos negros (“as asas da graúna”, da “Iracema” de José de Alencar) mesclados com etnias de tantas origens. Como não sei se há dados estatísticos sobre o assunto, fiz uma brevíssima sondagem de sobrenomes comuns na cidade, seja de celebridades, conhecidos ou pinçados da lista telefônica.
(Leia na íntegra em 'O Progresso' de 7 de agosto, ou neste blog no dia 9 de agosto)
Navio com imigrantes atracado no Porto de Santos em 1907
Foto: Museu do Imigrante. Domínio Público
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