A TÉCNICA DO ARCO
Há alguns expoentes do violino que dizem preferir um excelente arco e um violino mediano a um excelente violino e um arco medíocre. Pois é essa vareta – mágica, por sinal – quem ‘ordena’ o som, sua duração, seu timbre, seus ataques, sua coloração e volume. Há toda uma gama de gestos e movimentos da mão com a vareta chamados ‘golpes de arco’: jeté, martelé, spiccato, gettato, col legno... Em meu livro “O arco dos instrumentos de cordas”, cataloguei esses golpes em verbetes, explicando-os, e foram nada menos do que 327 deles! É pau pra toda obra de arte!
(capa do livro acima, óleo sobre madeira de Henrique Boliani)
É o domínio desses golpes que fornece ao instrumentista as ferramentas para modelar sua interpretação, seja nos momentos agitados ou mais lentos aos agressivos ou femininamente suaves. E para não dizer que não postei música, vejam o Ministro da Cultura da Ucrânia exibindo seus dotes com o arco. Se não vale tanto pela qualidade musical, serve para demonstrar que tudo é possível com o arco, assim como fazia Paganini, com suas estripulias. E, a título de comparação, como andam países como a Ucrânia em relação aos seus Ministros de Cultura e nosso... pobre Brasil...
Nenhum comentário:
Postar um comentário