I – A CHEGADA DAS NAUS PORTUGUESAS.
Madeira nobre de nosso litoral (principalmente o nordeste), a espécie foi explorada à exaustão pelos colonizadores portugueses, com suas ‘armas e barões assinalados’, que naquela nebulosa viagem às Índias Ocidentais iriam buscar especiarias; contudo, devido a supostas ‘calmarias’, tiveram suas naus, “Santa Maria, Pinta e Nina” -como nos ensinaram nos colégios-, aportando na Bahia, a terra da promissão lusitana: Vera Cruz, Santa Cruz, e finalmente, Brasil.
O pau-brasil (caesalpinia echinata, da família das leguminosas) possui diversas variedades, como o pernambuco, o pau-rosado, o pau de tinta e o sapão. Entre os indígenas, chamava-se arabutã, ibirapitanga ou orabutã. Da madeira era extraída tintura para tecidos, pois um simples verter de água sobre ela fazia escorrer uma tintura vermelha, que os portugueses utilizavam para colorir suas vestes, panos, cortinas e o que mais lhes conviesse. O pau-brasil era também muito empregado na fabricação de móveis, madeira extremamente resistente (não apodrece) que é inimiga de pragas como o cupim, pois além de dura é extremamente amarga. Muitos desses móveis coloniais permanecem intactos até os dias de hoje. Alguns postes de luz em Niterói (RJ) e cidades do interior são cobiçados, assim como no campus Butantã da USP e em inúmeros outros lugares. Na frente do Teatro do Conservatório de Tatuí há um belo e frondoso exemplar, plantado há 25 anos por Durvalino Longanezzi, motorista da instituição (foto acima).
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