SOM DOCE, PREÇO SALGADO.
Em 2007, um pregão do leiloeiro Tarisio, de NY, vendeu dois arcos de violoncelo da melhor linhagem de Tourte, peças que pertenceram no passado a Romberg e Piatti, que fazem parte da história do instrumento. Cada peça custou a bagatela de US$ 200 mil, ou seja, R$ 360 mil. Um bom peccate custa hoje na faixa dos $ 150, $ 300 mil dólares. O recorde ficou com um tourte, vendido em 2011 pelo leiloeiro Bonhan’s, de Londres, por meras 150 mil libras – R$ 434 mil. O grande violinista Jasha Heifetz (1901-1987), um dos maiores de todos os tempos, possuía um estojo especial para seus 8, 10 arcos. Para cada obra escolhia o ideal para a execução, a depender do estilo. Pau-brasil pra toda obra!
Conseguir comprar instrumentos e arcos dos grandes gênios artesãos (luthiers e archétiers) está cada vez mais longe do alcance dos músicos: um conjunto de violino e arco pode esbarrar em alguns milhões de dólares. Cada vez mais, são as grandes Fundações internacionais que presenteiam jovens virtuoses com instrumentos em regime de comodato: eles os ‘terão’ enquanto viverem. Mas tudo isso não deve ser motivo para sua preocupação, jovem músico: nem só de Rolls-Royces e Bentleys vive o homem, e menos ainda o glorificam.
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