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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O SOM DO SILÊNCIO - Parte 4

O silêncio dos grandes mestres


O silêncio – que nós materializamos, na música, em forma de pausa -, é um elo precioso na  arte musical. Preciosas são as pausas que nos fazem prender a respiração logo após as quatro primeiras notas na introdução do primeiro movimento na 5ª Sinfonia de Beethoven (o ”tchã-tchã-tchã-tchã”). Esta sinfonia é toda permeada de pausas: suspenses, surpresas. As pausas são tão importantes na música que têm sua duração calculada e interpretada, exatamente como as notas. A Sinfonia nº 2 (1872) de Bruckner ficou conhecida como “Sinfonia das pausas” exatamente pelas diversas e enormes delas para toda a orquestra, dotando o texto musical de grande dramaticidade. 
Em “Assim falou Zaratustra” (1891), um dos temas utilizados na “Odisseia no espaço”, de Stanley Kubrick, Richard Strauss (1864-1949) deixou uma longa pausa após as sucessivas e fortes batidas dos tímpanos, preparando para o glorioso solo de trompete. No dramático Prelúdio do 1º ato da ópera “Tristão e Isolda”, de Wagner (vídeo abaixo), o lamentoso solo introdutório do violoncelo é sucedido por uma das mais belas pausas. Em vista disso, o leitor leigo já pode compreender, agora, que o breve intervalo -sem aplausos!- entre os movimentos de um concerto ou sinfonia é fundamental para a compreensão dessas obras, pois faz parte delas.


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