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quinta-feira, 5 de abril de 2012

POR QUE SOU CONTRA A “MÚSICA ERUDITA” – Parte 2 de 4

JK e as sutilezas da burocracia estatal

Ora, o Brasil tem lá suas peculiaridades e seu ‘jeitinho’ para tudo. Para cada problema, quando não há solução, existe um remendo. Em 1959, após um sarau que comoveu JK (ver foto ao lado), o presidente ‘pé de valsa’ mandou regulamentar a profissão do músico, o que viria a acontecer em 1960 (Lei 3.857, de 22 de dezembro). Em 1961, foi criada a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC/RJ. Mas os vencimentos dos funcionários federais de carreira, de formação mais básica, não poderiam pagar o músico da orquestra (às vezes sem formação de segundo grau) com salários condizentes com a nobre profissão. Simples: com a denominação de ‘professor de orquestra’, no quadro de cargos e salários federal, os músicos da OSN puderam ser enquadrados em parâmetros salariais bem acima da média dos demais servidores públicos. Possivelmente, foram equiparados aos professores universitários federais.

Belo truque. O mais incrível é que o título ‘professor de orquestra’ permanece, por uso e costume, em parte das orquestras brasileiras e nas anotações das carteiras de trabalho assinadas. Os  solistas de ‘naipe’ ou seção (líderes das primeiras estantes), eram chamados ‘chefes de naipe’, pois os que ocupavam esses postos eram de confiança do maestro, e intermediários de seus subordinados, os músicos ‘de fila’ (ou seja, os demais). Essa denominação ainda resiste em Campinas e Belo Horizonte, mas deixou de ser usada na maioria das orquestras brasileiras.

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