I – Barbosa,
Beethoven, Lewandowski, Liszt, Fux e Barenboim.
Beethoven |
Joaquim
Barbosa, mineiro de Paracatu e relator da Ação Penal 470, vulgo “mensalão”,
toca piano e violino. Poderia ser Mozart, com esse duplo talento, mas seu gênio
caudaloso e minucioso o aproxima mais de Beethoven. Fosse maestro, pela pompa,
circunstância e serenidade, um Eleazar de Carvalho.
Liszt |
O carioca
Lewandowski, revisor, teria mais a ver com Haydn e Mozart e suas terminações
femininas, resolvendo as dissonâncias no tempo forte. Como regente, seria
preciso e econômico na interpretação, como George Solti conduzindo clássicos.
Com o visual de hoje, o revisor lembra o virtuose Franz Liszt, mas seus votos
no “mensalão” fazem contraponto renascentista sobre o cantus firmus de Barbosa.
Barenboim |
Luiz Fux,
carioca como Lewandowski, lembra o maestro Daniel Barenboim quando jovem:
topete saliente, batuta segura. No popular, Elvis Presley, talvez, mas nada de Love me Tender, Love me Sweet... mas quem
sabe outro sucesso, Jailhouse Rock
(“Rock da Cadeia” – veja ao final da postagem). O voto de Fux sempre carrega em
algum lugar o elemento surpresa, que ora pode ser uma cadência frígia – que
termina meio tom acima do principal -, ora uma cadência plagal, que vem por baixo,
fazendo a subdominante “emergir” na tonalidade principal.