Pau Casals |
I
– “TECENDO A MANHÔ.
Não resisto a esse título de um
poema de João Cabral. Acordo às 6h30, os peões da obra em frente à minha casa já
falando alto. Estranho costume esse, de se conversar à distância, ou de um lado
do balcão da padaria para o lado onde se senta um outro. Às 7h, os peões ligam
o rádio, e saio às vezes com a boa e velha moda de viola, em outras aquele
estilo mais “brega chic” de sertanejo. Ligo o carro e com ele um de meus muitos
CDs de violoncelo, hoje a primeira das seis suítes de Bach para o instrumento,
que alterno entre dois mitos: Pau Casals e Jacqueline Du Pré. (Quando ouço
música por livre escolha, sou muito seletivo, só gosto do “crème de la crème”,
como dizem os franceses).
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