No Brasil, havia
os bordões musicais, como o de Getúlio, que criou o DIP – Departamento de
Imprensa e Propaganda -, órgão censor e um arremedo de marketing político do
passado. Foi o DIP que extraiu do Livro de Jó (29:16) o título de “Pai dos
Pobres” para o líder gaúcho. A chapa de Getúlio Vargas tinha um bordão de cinco
palavras e apenas duas notas: “Getúlio, Getúlio, Getúlio e João Pessoa!”, que
se tornou bastante conhecido nos comícios populistas do candidato e no meio de
comunicação que atingia os rincões mais distantes: o rádio de ondas curtas.
Vargas também recebeu a alcunha de “Pai dos Artistas”, por ter proposto, ainda
deputado, leis de cobrança de direitos
autorais e afins. Percebendo o poder que tinham cantadores e repentistas junto
ao povo, Getúlio criou a figura do “artista prático”, ou seja, aquele que, sem
formação, poderia obter uns trocos com sua arte, especialmente nas épocas de
eleição e de pregações políticas.
Na campanha de JK em 1950 (vídeo
acima), havia uma citação musical do Hino Nacional Brasileiro, fazendo par com
o ambicioso lema “50 anos em 5”, que levou o diamantinense à Presidência da
República. Em 1960, como mote de sua pregação contra a corrupção, Jânio
Quadros, que distribuía broches e outros mimos com seu símbolo, a vassoura - com que, apregoava, “varreria” a corrupção
do país -, veio com o sucesso do jingle criado especialmente para ele: “Varre,
varre, vassourinha” (veja e ouça abaixo).
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