No Brasil, existe
uma cultura musical eleitoreira que ora traz alguma coi=sa, ora nos entope os
ouvidos mas cai no agrado do chamado populacho, a massa que Nelson Rodrigues se
atrevia a chamar “ignara”. Infelizmente, não passamos perto dos norte-americanos,
que pagam os compositores ou tomam músicas por empréstimo como forma de apoio
político por parte de artistas de destaque.
Cururu |
Curioso é que em
Tatuí, cidade de uma rica tradição que fala direto com o povo – música caipira,
cururu, moda de viola, seresta -, raiz que se entranha em toda a região, a
maioria absoluta dos jingles empregados nessa última campanha foram baiões,
xaxados, xotes... Nada contra, mas a Capital da Música precisa aproveitar mais
a riqueza do som que emana de seu barro vermelho, que toca fundo os corações
caipiras, do que o ritmo que vem da terra seca nordestina. Talvez na capital
paulista, pelo enorme contingente de migrantes, ainda faça sentido. Mas para
Tatuí fica, para uma próxima vez, minha sugestão.
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