Por fim, a novela avança e
domina a política: enquanto o ator Marcello Novaes gravava as cinco
possíveis mortes de seu personagem, Max – sim, novela também é obra aberta! -,
Dilma pediu um telão para o povo assistir ao último capítulo após o comício de
sexta, dia 19 de outubro, em Salvador, no afã de alavancar a campanha de seu
candidato Nelson Pelegrino (foto ao lado). Já o adversário, ACM Neto, entrou na Justiça para
tentar impedir, por liminar, o poderoso telão, isca de camarão fino para o
populacho, faminto pelo grande espetáculo (o da novela, cabe ressaltar). Ao
mesmo tempo, por não ter o condão divino da onipresença ou da ubiquidade, Dilma
cancelou sua participação no comício de Haddad, em São Paulo, dia 19,
transferindo-a para sábado, dia 20 de outubro. Pois será Sorte e Azar
(música-tema de Cazuza na nova atração global das 21 h, Salve Jorge!) - para
todos os candidatos que disputarão o segundo turno. [veja e ouça Cazuza abaixo]
Eu não costumo assistir tudo quanto é novela, mesmo porque seria impossível. Mas, às vezes, surge uma novela interessante, com uma história bacana e atores sensacionais. Eu adorei Avenida Brasil, primeiro pela Adriana Esteves fazendo papel de vilã, quebrando o estereótipo de "Adriana Esteves cara de boazinha". A energia agressiva com que ela interpretava me arrepiava, eu não conseguia sair de frente da tv pensando "de onde ela tira toda essa energia?!". O mesmo ocorreu com outra novela do João Emanuel, A Favorita, em que Patrícia Pillar "trocou" de posição com Claudia Raia, fazendo o papel da vilã, também quebrando a imagem da boazinha e impressionando com a capacidade de transformação instantânea entre "demônio e anjo".
ResponderExcluirOutra característica das novelas de J.E.C. é a maneira como ele joga todos os personagens da trama contra a "mocinha" a favor da "vilã", desmascarada pela mocinha após trabalhos malabarísticos de detetive.
O segundo motivo foi a linha constante da ideia inicial: não foi o tipo de novela que começou de um jeito e terminou de outro completamente diferente. Começou com a ideia da vingança, em que Nina teve seu pai assassinado, seus bens roubados e jogada no lixão (a chamada de estreia da novela era justamente ela dizendo "você vai devolver tudo o que é meu, eu vou me vingar"), terminou com o sucesso de sua vingança (com uma reviravolta completamente dramática, em que sua vingança tomou proporções inimagináveis, afetando a todos afinal, vingança alguma poderia ser positiva) e concluindo, inesperadamente, com o perdão mútuo entre "heroína" e vilã, quebrando a ideia de que a vilã tem que simplesmente morrer no final: Carminha reconhecendo as consequências miseráveis de seus erros e Nina/Rita, por perceber que Carminha foi o resultado infeliz de desgraças passadas de geração em geração.
Isso porque eu não costumo assistir novela, né? rs...
Imagine se assistisse!!! Bela aula!
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