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domingo, 16 de dezembro de 2012

ANEDOTÁRIO MUSICAL - I



Como ocorre em diversas profissões, o músico não poderia ficar de fora da brincadeira, da ironia e, às vezes, claro, da simples maldade de um ou outro profissional. Coisa de instrumentistas e destes sobre os cantores, e todos juntos sobre os maestros. Algumas anedotas nasceram verdadeiras, mas passaram à história como parte do folclore musical.
Spalla cumprimenta regente
Na orquestra, no primeiro posto, logo abaixo do maestro, está o spalla (“ombro”, em italiano), ou o violino solista. Aí vem aquela série de piadas sobre lâmpadas, como aquela que diz que necessários 30 violinistas para se trocar uma lâmpada: um de pé sobre a cadeira e 29 para discutir o melhor jeito de fazê-lo (os movimentos de arcos e os chamados golpes, maneiras de executá-los, etc.).
Viola e violino
Depois dos violinos, temos as violas, primos pobres cujo som fica espremido (apesar de, a bem da verdade, encorpando todos) entre violinos, contrabaixos e violoncelos. Por seu tamanho maior, ante a pergunta sobre qual é a diferença entre a viola e o violino, a anedota diz que “são de igual tamanho, a cabeça do violista é que é menor”. Já os contrabaixos são alvo nato de boa parte das ironias, entre os instrumentos de cordas, como por exemplo “qual a diferença entre o contrabaixo e o caixão? É que no contrabaixo o defunto fica de fora” (aliás, cá entre nós, é o meu instrumento). E “ao se jogar um contrabaixo e uma viola de cima de um prédio, qual se arrebenta primeiro? E que diferença faz?”, seria a resposta.
Prokofiev
Uma verdadeira: um contrabaixista estrangeiro de São Paulo preparava-se para o famoso solo do Tenente Kije, de Prokofiev. Como não ouvia o instrumento, o maestro, italiano, volta-se para o músico e pergunta: contrabasso, che succede? Tu sei protagonista!” Irritado, o músico deixa seu contrabaixo no chão e caminha para o pódio, dedo em riste, devolvendo ao maestro: “protogônio é sua mãe!”.
Entre os sopros, as trompas são as principais vítimas.  Pululam piadas do gênero “como você faz uma viola soar como uma trompa? Faça-a errar todas as notas”. “Por que a trompa é um instrumento divino? Porque quando o músico a sopra, só Deus sabe o que vai sair”. A maldade também se estende à percussão: “como você chama os que acompanham os músicos nas baladas?” Resposta: “percussionistas”.
Sir Thomas Beecham
Cantores também são alvos, especialmente os solistas, e mais ainda sopranos e tenores. As primeiras, por serem divas, os segundos, estrelas um pouco sufocadas por elas em boa parte dos papeis. Outra verdadeira: o grande maestro Sir Thomas Beecham, inveterado piadista, recebe após um ensaio uma reclamação do tenor a respeito da longuíssima morte de Violetta, papel da soprano da ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi. Abaixo, assista à morte de Violetta, com Renée Fleming (soprano). Los Angeles Opera, 2006. Regência: James Conlon.


O tenor estava inconformado porque a cantora se estendia demais na ária final, agonizando vítima da tuberculose que acometera sua personagem. E reclamou que assim a soprano “roubava” a cena. Sir Beecham respondeu, com paciência: “senhor, infelizmente nenhum cantor morre tão rápido quanto eu gostaria”. E mais uma sobre os tenores: em uma loja de cérebros (existem tantas nas anedotas!), o freguês pergunta: “por favor, pode me explicar essas placas? Cérebro do Einstein, mil dólares, cérebro de tenor, cem mil? Como pode?” O vendedor: “é que o do tenor nunca foi usado”. 

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