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sexta-feira, 20 de abril de 2012

VI - O ENLACE INCESTUOSO ENTRE A MÚSICA CLÁSSICA E O PODER PÚBLICO

VI – Música clássica e Poder Público: o enlace umbilical e as Organizações Sociais
O flerte entre o poder e a música é tão visceral, no Brasil, que faz parte do vocabulário político desde que um primeiro fulano acusou sicrano de ‘orquestrar’ uma campanha contra o governo, que o Plenário, “em coro”, aprovou as medidas, que a oposição fica “batendo no mesmo bordão”, que os sindicatos vão “botar a boca no trombone”, e que o adversário ‘enfiou a viola no saco”.
Ilustração: Glória a Deus Pai e os Anjos, afresco de Fiammenghino (1608)
Ora, o que fazer? Esse enlace (música clássica e governo) é um casamento incestuoso, pois também é umbilical. Se uma parte é por natureza autoritária a outra é submissa, porém nem sempre fiel. Contudo, a união é absolutamente necessária, já que a música clássica é deficitária por natureza, é amante teúda e manteúda. 
Com o advento das Organizações Sociais, associações civis sem fins lucrativos que passaram a ser contratadas pelo Governo - sob a mais estrita vigilância quanto ao cumprimento de metas pré-estabelecidas e prestação de contas -, a relação foi recomposta e modernizada. A gestão de equipamentos como a OSESP (foto acima) e o Conservatório de Tatuí (ao lado), por exemplo, foi dotada de maior autonomia e flexibilidade, abrindo à música clássica e seu ensino caminhos para a construção de um futuro que seja espelhado não nas relações emperradas de antigamente, e sim na história das melhores orquestras e escolas de música do mundo. 

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