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sexta-feira, 30 de março de 2012

COMO ERA GOSTOSO O MEU CINEMA FRANCÊS! - Parte 2 de 4

e o italiano, o espanhol, o brasileiro... Parte 2 de 4

O BAIANO GLAUBER ROCHA E FELLINI

Glauber Rocha (1939-81) e uma penca de brasileiros vieram no repuxo dessa “Nova onda” (Nouvelle vague) francesa. Os filmes “O dragão da maldade contra o santo guerreiro” (1969, com Odete Lara) e “Terra  em transe” (1967, com Paulo Autran e Jardel Filho), foram obras-primas difíceis de serem tragadas pelo Regime Militar. Glauber levou vários prêmios em Cannes, mas nunca um Oscar. Em “O dragão”, a câmera é propositalmente confusa, o discurso idem. Glauber era um patrimônio cultural. Era ‘cult’ frequentar a pensão da mãe dele, no Botafogo carioca.
Veja abaixo a famosa cena do primeiro duelo entre o matador Antonio das Mortes e o Capitão Coirana:



 
O italiano Federico Fellini (1920-93) era surreal, grotesco, destilava a dramaticidade e o exagero italianos, temperando-os com sua paleta de pintor de filmes. Antológica é a cena em que uma senhora ‘afoga’ um adolescente contra seus seios, do tamanho de duas melancias! (Seria em La nave va?). “Noites de Cabíria” (1957), foi estrelada por uma de suas prediletas, a esposa Giulietta Massina. Em Satyricon (1969), Fellini investiu nos escritos de Petrônio, do século 1, com direito a pedofilia e perversões: era a degradação da antiga sociedade romana vista com os olhos de hoje. “Ensaio de orquestra” é de todos o mais divertido: uma caricatura de músicos em ensaio, tendo à frente um “maestro”, que, após uma rebelião, acaba substituído por um enorme metrônomo (aquela bugiganga de marcar o tempo: tec-tec-tec...). A anarquia não prospera, e a ordem retorna, austera, com a autoridade do regente. (Uma recaída do lado fascista de Fellini). Veja abaixo as cenas iniciais de “Ensaio de orquestra”, com lances que beiram o ridículo – mas nem por isso irreais:



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