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sexta-feira, 9 de março de 2012

A VERDADE EM TANCREDO E JK – Parte 3
Todos temos dúvidas sobre a ‘verdade real’ do fim de Tancredo Neves; contudo, era necessário mantê-lo vivo, mesmo que, conforme reza a lenda, talvez já não estivesse mais, exatamente no dia em que o país saía do jugo militar, em 1984. Tancredo foi eleito e não tomou posse. Daí veio o Sarney e... bom, aí são outros quinhentos réis. Juscelino Kubitschek foi sentenciado por seu inimigo, o udenista Carlos Lacerda: “não será candidato; se for, não será eleito; eleito, não tomará posse”. Mesmo sob os vaticínios de Lacerda, JK recebeu a faixa presidencial sob a guarda do General Lott (foto acima) e seus comandados legalistas. Mas em 1956 houve a revolta de Jacareanga, e em 1959 mais outra, em Aragarças. Batidos nesta última, grande parte dos rebeldes fogem do país para voltar somente com Jânio Quadros (1961).
Juscelino, sob perigo iminente durante todo seu governo, também usou de uma ‘verdade irreal’: pouquíssimos sabem que JK teve e tratou de um infarto às escondidas: a imprensa estava ansiosa e desconfiada por causa da prolongada ausência da figura popular e vaidosa de JK. Para despistar, foi meu pai (à época Porta-voz do Presidente), vestido com um chapéu, quem acenou ao longe, como sempre fazia JK abanando o braço, para enfim subir no helicóptero do Palácio do Catete, deixando o país mais tranquilo e menos suscetível a rebeliões - até o retorno do Chefe da Nação, como se nada tivesse acontecido (in: Autran Dourado: ‘Gaiola Aberta’. SP: Ed. Rocco). Ou teria sido esse o caso de uma ‘mentira real’? Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, dizia que toda mentira repetida dez vezes passa a ser entendida como verdade. No fundo, usa-se aqui e ali, sem saber, o título-tema de uma peça do dramaturgo italiano Pirandello: “Cosí è se vi pare” (“Assim é, se lhe parece”).

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