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domingo, 26 de agosto de 2012

I - AFINAL, O QUE É MESMO MÚSICA SERTANEJA? – Cornélio Pires e Rogério Duprat.

Grande folclorista, o cantador tieteense Cornélio Pires assim descreve a música sertaneja: “canto romântico e triste que comove e lembra a senzala e a tapera”. Ou não? E essa do chapéu de cowboy, botas com adereços metálicos, cinto de fivelão texano, aquele clima de “terra de Marlboro”... e o ritmo quaternário (de 4 tempos) de acentuação mais afeita aos padrões norte-americanos do que às nossas tradições. De onde surgiu esse outro “sertanejo”?








Léo e Robertinho
Vamos começar por entender que a música caipira seria 
aquela do interior paulista, principalmente, e a sertaneja a das periferias urbanas e regiões industriais, levadas pelos migrantes dos mais distantes rincões brasileiros. A “urbanização” da música sertaneja terminou por produzir arte de qualidade duvidosa, porém com bom apelo na mídia. Com ela, o cidadão de baixa renda sente-se vivendo à imagem e semelhança da burguesia, mas às custas da própria alienação. O maestro Rogério Duprat - um dos artífices do tropicalismo - e Léo Canhoto foram alguns dos nomes que interferiram na música sertaneja, dando-lhe nova aparência. Duprat não teve sucesso, mas Léo Canhoto e Robertinho seguiram e introduziram modernices, como instrumentos eletrônicos e efeitos, além de letras apelativas. [Veja e ouça abaixo a dupla Léo Canhoto e Robertinho, já na transição para a “modernidade”, com a base rítmica claramente americanizada, e letra compatível com a nova roupagem: “moro na rua da amargura, 35, apartamento 37, 5º andar”. É o sertanejo na zona industrial, já contaminado pela indústria cultural]

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