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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O RETORNO

JÁ VI ESSE FILME, ‘O RETORNO?’
Dilma ‘peita’ avanço dos sindicalistas.

Ao contrário de Lula, que era condescendente com suas origens sindicais, Dilma resolveu não arriscar a pele, temendo a inflação, a queda no PIB e tendo que avançar no ajuste fiscal para o equilíbrio das contas. Como a força dos sindicalistas recrudesce nos Correios, bancários, e agora toma vulto na Petrobras e Judiciário, entre outros, ela quer forçar classes privilegiadas a se tornarem ‘cidadãos normais’, com – acredite! – o corte de ponto dos faltosos.

Quando ainda em atividade na USP, enfrentei de cara uma greve em 1988, se não me engano, com direito a tropas da PM e cavalariças. Depois, elas se tornaram mais ‘caseiras’, diplomáticas, com alguns arroubos de juventude por parte de docentes e funcionários – e, pasme, o apoio dos alunos, que ficavam sem aulas.

Um músico e pensador da USP (marxista convicto, por sinal) Willy Corrêa de Oliveira, uma das maiores cabeças pensantes do país, exigia que a greve fosse forte, mas que não perder o ponto do dia seria ilegítimo, assiná-lo seria contraditório, e que ambas as partes – a administração uspiana e docentes – deveriam sofrer os danos provocados pelas paralisações – os últimos, aceitando cortes nos salários. Defendia a greve com o consequente corte de ponto, a ser negociado em caso de acordo com a Reitoria. (Na foto, os famosos Sacco e Vanzetti lideram histórica greve nos EUA).

O PT nasceu do movimento sindical unido aos intelectuais e pensadores, principalmente da USP, que lhe deram o fundamento ideológico. Nada mais natural que Lula tivesse uma postura mais paternal com sua origem, e que Dilma seja mais pragmática como administradora. Penso que ela vai na direção, mas ainda receio o filme ‘O retorno’ – menção ao título de blog de 12 de setembro, que postei como “Filme novo? Ou filme já visto?” -, sobre os difíceis momentos de Luiza Erundina em São Paulo, de 1989 a 1992.

Pior do que isso aconteceu em 1961, quando Jango, que tomou posse após a renúncia de Jânio, não apenas cedeu, mas praticamente rendeu-se ao sindicalismo da época, apoiado pelo PCB e PSB, o que desgostou a caserna e levou ao Golpe de 1964. Do resto você se lembra – ou já leu nos livros de história.

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