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sábado, 14 de julho de 2012

I - NATUREZAS MORTAS: do barroco ao século 20.

Natureza morta de Salvador Dali

Não quero falar do belo gênero de pintura surgido no período barroco (séculos 17 e 18), das naturezas mortas ornadas de frutas de nosso Guignard, das naturezas de cores vivas de Cézanne, nas detalhistas de Monet e nas sombrias de Van Gogh, e nem nas naturezas em caleidoscópio de Picasso ou das alucinadas de Salvador Dali. As naturezas mortas na pintura representam objetos inanimados: frutas, pães, vaso de flores, mesa, panos, cadeira, livro, uma visão absolutamente estática (e por isso mesmo morta) de um mundo do qual o ser humano só faz parte do lado de fora, observando uma obra que pode ser linda, mas não tem vida – ela apenas expõe coisas e objetos, sem histórias a contar ou a sugerir. 
Rio Tietê, Sâo Paulo
Quero falar da natureza que estamos matando, dos rios onde flutuam lixo, espuma tóxica e garrafas ‘pet’; do solo contaminado, das latas de alumínio, das embalagens plásticas. (A abolição das sacolinhas dos supermercados é um perigo milhares de vezes menor do que o de o volume de plástico que despejamos nas ruas, nas praias, nos campos, nos rios e no ar).
Quero falar das chaminés que resistem ao tempo, dos dejetos industriais, das queimadas, da cultura extrativista de nossas florestas, da quase extinção do pau-brasil, do aborto legal e aparentemente (ao menos em parte) bem-sucedido do extermínio de nossas florestas de mogno nativo. 


E das motosserras, dos tratores, da violência do homem que flagela sua própria mãe, a natureza. 

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